Efeito terapêutico dos benzodiazepínicos na esquizofrenia: revisäo da literatura / Therapeutic effect of benzodiazepines in schizophrenia: a review of the literature

Desde o inicio dos anos 60, diversos benzodiazepínicos foram pesquisados e administrados na esquizofrenia. Numerosos dados apóiam a hipótese de que os sintomas esquizofrênicos seriam causados por uma hiperatividade na neurotransmissäo dopaminérgica e por uma hipoatividade na neurotransmissäo gabaérgica. Uma vez que se atribui aos benzodiazepínicos a capacidade de potencializar o efeito inibidor fisiológico do GABA, admite-se que eles poderiam ser úteis na esquizofrenia. Resultados de relatos de casos e ensaios abertos devem ser considerados com reserva. Dos ensaios terapêuticos controlados até agora realizados infere-se que: a. Em relaçäo ao grupo placebo os benzodiazepínicos, de modo geral, näo parecem modificar significativamente a sintomatologia da esquizofrenia. b. Os benzodiazepínicos mostraram-se menos efetivos que os neurolépticos. c. Na apreciaçäo global dos estudos comparativos, a associaçäo benzodiazepínico-neuroléptico näo teria sido vantajosa. A análise deste estudo é dificultada pela falta de padronizaçäo do diagnóstico, pela ausência de uniformidade das doses utilizadas e pela variaçäo do tipo de doentes incluídos. Estes fatores devem ser padronizados em investigaçöes futuras, a fim de permitir a comparaçäo dos achado

Nota sobre a moclobemida: um novo IMAO tipo A reversível / Note on moclobemide: a new IMAO inhibitor type A reversible

Inhibidores da MAO (IMAOs) com açäo seletiva e reversível têm sido desenvolvidos recentemente. A MOCLOBEMIDA, um novo IMAO de açäo rápida e preferencial sobre a MAO do tipo A, de forma reversível, parece ser bem tolerada e ter efeito antidepressivo, de forma similar aos antidepressivos tricíclicos, em doses entre 200 a 600 mg por dia. É relativamente segura quanto à interaçäo com tiramina e quanto à probabilidade de uma crise hipertensiva. A MOCLOBEMIDA poderá ser, em breve, uma opçäo no tratamento dos estados depressivos, em particular para os pacientes com problemas quanto aos efeitos anticolinérgicos e cardiovasculares

Inibidores da monoamina oxidase (IMAO): nota sobre a utilizaçäo em psiquiatria / Monoamine oxidase inhibitors: note on the use in psychiatry

Com o objetivo de fixar a importância dos IMAOs no tratamento de diversas afecçöes psiquiátricas, divulgar sua utilidade e estimular estudos brasileiros a seu respeito, os autores fazem breve revisäo da farmacologia, indicaçöes, eficácia clínica, toxicologia e efeitos colaterais, associaçäo de IMAO e antidepressivos tricíclos, e interaçäo IMAO e outras drogas. Concluen que säo particularmente indicados em depressäo atípica, síndrome de angústia com predomínio de ataque de pânico e/ou fobia (fobia social e agorafobia) e em pacientes refratários aos antidepressivos tricíclicos. Em geral säo bem tolerados e mais seguros do que se supunha, desde que os doentes evitem drogas simpatomiméticas e sigam dieta com baixa concentraçäo de tiramina